Como estou 6 anos após a cirurgia de escoliose

Aconteceu muita coisa nos últimos 6 anos. Amanhã (17), completo mais um ano. Minha vida deu um giro de 180º, e a cirurgia foi a principal responsável por isso. Atualmente, me dedico aos estudos, ao blog e à minha família. Comecei a fazer psicoterapia e a cuidar da minha saúde mental. No geral, estou bem. Porém, isso não significa que eu não tenha alguns desconfortos. Afinal, dias nublados são difíceis para quase todos os parafusados. Convivo com a dor neuropática periférica, uma sequela do corte cirúrgico, que está sendo controlada por remédios. 


Eu caminho, estudo, durmo e faço tudo como uma pessoa normal, exceto pelo fato de ter 15 parafusos e duas hastes nas costas. Minha mobilidade melhorou, desde 2015, mas perdi a rotação do tórax e alguns movimentos são impossíveis pra mim. Por exemplo, tem abdominais que eu não consigo fazer. Então, substituo por outros mais fáceis (isométricos). Eu não consigo correr, mas aprendi a ter paciência ao andar. Cadeiras retas são um problema pra mim. Prefiro as acolchoadas. Odeio pegar peso ou precisar fazer limpeza, pois dói. Ficar de pé muito tempo é horrível também. Contudo, estou tentando ajustar todos esses desafios sem precisar me privar de viver.

Gosto de deixar claro minha condição a todos que me conhecem, para que não sintam pena, mas abracem a causa e procurem me ajudar, pois pessoas com mobilidade reduzida têm direito a viver tudo o que pessoas normais vivem, só que de forma adaptada. É assim que tem sido a minha vida. Eu não mudaria nada e não desistiria de operar. Afinal de contas, meus parafusos me tornaram quem eu sou hoje: alguém melhor. Adoro falar sobre minha história. É importante desmistificar pré-conceitos. Amo minha cicatriz, amo minhas vértebras tortinhas e, principalmente, amo ser a Menina de Titânio.



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Escrevo isso para que não desistam da jornada e para que entendam que há vida depois da artrodese. Principalmente, escrevo para que saibam que há vida e amor apesar da escoliose. Tem um mundo lindo lá fora. Por isso, lute, enfrente e não desanime da caminhada. (Já deu certo)!

Com carinho,

Jeniffer - Menina de Titânio

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